VI capítulo
Fracassos
na oração por:
Desprezo à
lei e indiferença às orientações Divinas - Pv 28.9. - Pv 1.24-26.
“O que desvia
os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é abominável”.
“Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi
a minha mão, e não houve quem desse atenção; antes desprezastes todo o meu
conselho, e não fizestes caso da minha repreensão; também eu me rirei no dia da
vossa calamidade; zombarei, quando sobrevier o vosso
terror...”
Deus
fala de muitas maneiras. Fala em sonhos, interpretações de sonhos, profecias
bíblicas, através de dons espirituais, interpretações de línguas, cânticos, fala
diretamente através de uma voz espiritual nos ouvidos ou no coração, enfim Deus
está constantemente falando com seus servos e servas durante todo o tempo. É
basicamente impossível uma pessoa dizer que nasceu de novo e não ouvir a voz de
Deus de alguma forma, pois concomitantemente ao nascer de novo é restabelecida
no cristão a vida espiritual, que é o intercâmbio direto entre o ser humano e
seu criador. O que pode ocorrer é o cristão ouvir a voz de Deus e ficar
indiferente aos seus interesses. Ficar indiferente ao falar de Deus é mais um
motivo para fracassos na oração. Aliás, diga-se de passagem, não há coisa mais
terrível que sofrer a indiferença de alguém que você ama. Quero salientar também
que a indiferença pode se apresentar de maneiras quase imperceptíveis. Às vezes
a indiferença pode vir através de palavras sem compromisso, palavras vazias,
promessas feitas “da boca para fora”, como: “eu vou... mas nunca vai”; “eu
faço... mas nunca faz”; “eu te ajudo... mas nunca ajuda”, “chegarei tal hora...
e não chega”, etc... Jesus ilustra um caso interessante de dois filhos que
recebem o convite do pai para trabalhar na vinha. O primeiro apresenta uma
negativa, porém acaba indo para o campo trabalhar, o segundo, a princípio aceita
a proposta de trabalho, porém negligentemente manifesta sua indiferença em seus
atos, por não atender a proposta de trabalho de seu pai sem apresentar nenhuma
desculpa plausível. “Mas,
que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse:
Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não
quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe
de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos
dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em
verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no
reino de Deus”.
(Mateus 21:28-31). Entendo que os dois erram nesse caso, porque o correto seria
ajudar, fazer o compromisso e cumprir. Porém a maior gravidade fica por conta do
que prometeu e não cumpriu. Que fique claro, qualquer que seja a manifestação de
indiferença, seja em palavras ou em atos, atrairá uma resposta semelhante do
Criador, impedindo a benção e provocando mais um tipo de fracasso na oração. A
mão de Deus está sempre estendida para nos abençoar, somente nossa forma se ser
e agir pode impedir que as bênçãos sejam derramadas sobre nossas
vidas.
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