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CRIAÇÃO DA
IGREJA E AUTORIDADE DELEGADA AO PASTOR
A igreja foi formada por
Cristo com três objetivos principais: primeiro adorar a Deus em Espírito e em verdade,
segundo propagar o evangelho a todas as criaturas e terceiro aguardar a volta de
cristo crescendo na graça e na sabedoria diante de Deus e de todos os homens.
Para cumprir essas tarefas foi necessário ao Senhor criar uma estrutura de
poder para que o trabalho crescesse organizadamente e alcançasse toda a terra.
Essa estrutura começa a partir do próprio Deus delegando autoridade ao pastor.
“Olhai, pois, por vós, e por todo o
rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a
igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue”. (Atos 20:28).
“Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto
eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e
participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que
está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por
torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de
Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor,
alcançareis a incorruptível coroa da glória”. (1 Pedro 5:1-4). O pastor (em
alguns casos denominado Bispo ou Ancião) é a autoridade máxima na igreja. Normalmente
um bom crente é separado para ser um bom obreiro, cresce dentro da igreja e
recebe autoridade paulatinamente até chegar à liderança. Chegando ao poder
máximo nada impede que ajude a igreja a crescer além dos limites municipais,
estaduais, nacionais e chegue aos limites internacionais. O problema é que
muitos pastores chegam a ser ótimos obreiros e quando estão no auge do seu
desempenho, se acham acima da lei e passam a ser péssimos crentes. Alguns até
se justificam dizendo que são homens de Deus que produzem sinais prodígios e
maravilhas, como se milagres garantissem a salvação (o que garante salvação é
fé, novo nascimento e santificação), e fossem um atestado de honestidade. Estes
se escaparem do ministério público, com certeza cairão nas mãos de Deus e não
quero estar na pele deles quando isso acontecer. “Muitos
me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em
teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e
as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a
rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram
aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que
ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato,
que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda”. (Mateus
7:22-27). A partir do pastor e sob a
direção de Deus são escolhidos homens para serem missionários, evangelistas,
presbíteros, diáconos, cooperadores, etc. Essa estrutura hierárquica vai sendo
construída no decorrer do avanço e do crescimento da igreja à medida que o Senhor
prepara ceifeiros para a seara. “E na
igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com
Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o
Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram”.
(Atos 13:1-3). Nesse caso, entre os doutores, o Espírito Santo escolhe dois
homens especificamente para a obra missionária, acredito eu que eram os
melhores (porque Deus só envia o melhor). Após escolhidos esses homens são ungidos
e recebem a autoridade delegada para exercer a função para a qual foi
escolhida.
Ultimamente tem sido
comum, obreiros saírem de suas igrejas levando consigo boa parte da igreja. De
alguma maneira, em algum momento, há um desentendimento e ao invés de
discutirem o assunto como irmãos, se separam definitivamente. Há pouco tempo
atrás me propus a ajudar um pastor amigo meu que viveu essa experiência e
estava na época bastante abatido. Ao ajudá-lo já procurei direcioná-lo para uma
solução definitiva. E a solução definitiva é que o pastor reúna em torno de si,
homens fiéis, e, quem são os fiéis senão os irmãos que são ensinados de forma
correta dentro da própria igreja onde se converteu. Quais obreiros são mais
fiéis que seus próprios discípulos. É verdade também que a cada doze pode
aparecer um traidor, como no caso de Jesus e Judas Iscariotes, porém isso não é
uma regra e todo esforço pode ser empreendido para que não aconteça. “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça
que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste,
confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”.
(2 Timóteo 2:1-2).
Só existe autoridade dentro
da igreja se houver submissão, portanto o mesmo Deus que delega autoridade
cobra a submissão, desde que seus pastores estejam trabalhando com amor e sejam
o exemplo do rebanho. “Aos presbíteros,
que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e
testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de
revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele,
não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo
ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa
da glória”. (1 Pedro 5:1-4). “Obedecei
a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como
aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo,
porque isso não vos seria útil”. (Hebreus 13:17). “E rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que
presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; E que os tenhais em grande
estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós”. (1
Tessalonicenses 5:12-13). A submissão deve partir tanto dos que servem quanto
aos que são servidos pela igreja, tanto obreiros quanto crentes em geral, para
que de forma organizada a igreja prospere na paz do Senhor.
CONCLUSÃO
A cadeia de poder, de
autoridade e submissão, é tão respeitada por Deus que se por ventura ele
delegar poder a qualquer servo fiel, em qualquer função e houver necessidade de
uma intervenção pessoal por parte Dele, mesmo sendo O TODO PODEROSO, jamais
agirá sem que seu subordinado tenha ciência de sua ação. “E disse o SENHOR: Ocultarei eu a Abraão o que faço, Visto que Abraão
certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas
as nações da terra? Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a
seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR,
para agir com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que
acerca dele tem falado”. (Gênesis 18:17-19).
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