domingo, 26 de fevereiro de 2012

FRACASSOS NA ORAÇÃO

         I Capítulo:
         Fracassos na oração por:

Pecados não confessados ou pecados ocultos – Is 59.2, Sl 66.18.
“... mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça”.
“Se eu tivesse guardado iniqüidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido”.
Quero chamar a atenção de todos para o fato de que o pecado cria uma barreira de separação que impede Deus de ouvir e responder a oração do cristão. “Todo o pecado é uma declaração arrogante de independência do homem, que foi criado para encontrar sua felicidade máxima na dependência do criador. Mediante o pecado o homem corta a corda que o prende a Deus e começa ato contínuo, a sossobrar no oceano de sua fútil independência. É dado ao homem experimentar ao máximo as conseqüências de sua emancipação[1]. Por maior que seja o sacrifício dispendido em uma campanha de oração, sem um posicionamento efetivo de arrependimento ante o pecado, todo o esforço dispendido será desperdiçado e quedará infrutífero na obtenção de resultados. Lembro também, que o livro dos provérbios afirma que até mesmo uma mentira, feita como uma brincadeira inocente é pecado e pode trazer conseqüências terríveis “Como o louco que atira tições, flechas, e morte, assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.” (Pv 26.18,19). Certa feita um cristão após um estudo bíblico onde eu apresentava vários tipos de mentirinhas comuns entre os crentes como: “Fala que não estou, liga depois – quando alguém liga...”. “Atenda a porta e diga que saí – quando chega a visita”. “Diga que pago amanhã... e nunca paga“. “Amanhã estarei lá... e não aparece”, etc., me abordou e fez a seguinte afirmação: ”Não acredito que uma simples mentirinha pode causar tamanha separação. Olhei para ele e pausadamente respondi: Eu também não porque o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado, porém, se o crente viver na prática da mentira, por menor que ela seja, com certeza, o sangue de Jesus deixara de ser aspergido sobre o pecado voluntário, aí sim ele terá um grande problema, que sem arrependimento pode levá-lo a uma separação definitiva”. Não houve contestação, o assunto estava encerrado.
Pecado sempre é pecado, erro sempre é erro, separação é sempre separação, não importa o tamanho, nosso Deus não convive com o pecado, quer seja explicito ou oculto, portanto, uma atitude definitiva em relação ao abandono da prática do pecado, tem que ser tomada com certeza; agora é bem verdade que a repercussão do pecado pode ser maior ou menor dependendo de cada caso, pois pode atingir apenas uma pessoa, ou uma família ou toda a igreja e essa repercussão pode ser um agravante terrível atingindo pessoas inocentes.
Graças a Deus, temos um advogado que cuida dos nossos interesses na glória de Deus, Jesus Cristo, porém nossos pecados precisam ser confessados para obter o perdão e a purificação. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, (I Jo 1.9). O pecado encoberto impede a prosperidade em todos os sentidos porque é a barreira que se refere o texto central, deste capítulo, mas a confissão descortina o caminho da vitória e da benção. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”, (Pv 28.13).
Quero esclarecer que o pecado involuntário é automaticamente purificado pelo sangue do cordeiro, porém o pecado voluntário já exige confissão e arrependimento, e acrescentar que o pecado cometido que trouxer dano ao corpo de Cristo, que é a igreja deverá ser encaminhado ao pastor e posteriormente à igreja, a quem Cristo concedeu poder e autoridade para perdoar pecados, para ligar e até mesmo desligar um Cristão, com a afirmação de que tudo que for executado na terra será aceito no céu. Com certeza acontecerá o acerto e conserto necessário, para que tudo se resolva a contento e aconteça a purificação através do perdão coletivo, derrubando por terra todas as barreiras, concedendo ao crente total acesso espiritual ao trono da graça do nosso Deus e fazendo cair por terra o fracasso na oração. Em outras palavras, pecou contra o céu, em um pecado entre você e Deus, pede perdão ao céu, pecou contra a terra, difamando a igreja, pede perdão a terra.

[1] COLUNA DO CARÁTER - S. Júlio Schawantes, Página 78, 6ª edição, 1980 – Casa Publicadora Brasileira.

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