domingo, 26 de fevereiro de 2012

FRACASSOS NA ORAÇÃO

         II Capítulo

Fracassos na oração por:
Não pedir ou pedir mal - Tg 4.2,3.
“Cobiçais e nada tendes... Invejais, e não podeis alcançar... Nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”.
Nada tendes, porque não pedis. O versículo está muito claro, é necessário pedir. É necessário deixar o Pai Celestial ciente dos problemas de seu filho. É necessário um diálogo. Ao ler a passagem bíblica da experiência de Bartimeu, o cego de Jericó, nos defrontamos com uma situação curiosa. Jesus passava diante do cego, que tocou a “trombeta” gritando: “Jesus filho de Davi, tem misericórdia de mim”. Era um chamado de fé, porque Davi havia falecido cerca de mil anos atrás, se concluindo daí que o cego estava clamando “Jesus eu sei que o Senhor é o Messias prometido da árvore genealógica de Davi e clamo sua misericórdia sobre a minha vida”. A bíblia diz que Jesus parou e mandou que o trouxessem diante de si e fez a seguinte pergunta: “Que queres que te faça?”. Qualquer um dos presentes poderia até ter se indignado (inclusive o cego), com uma pergunta dessas, pois estava claro e patente a todos que o homem era cego e com certeza o que ele queria era ver. A pergunta naquele momento parecia ao menos, fora de propósito, dada a circunstância, porém Jesus não deixou de fazê-la deixando uma importante lição em seu bojo, que é a necessidade de pedir especificamente a benção e se possível da maneira muito clara.
Pedir mal, ou pedir fora dos propósitos da vontade divina, também se apresenta como um obstáculo a mais no caminho daquele que se propõe a obter os favores divinos. A Bíblia afirma que devemos colocar Deus em primeiro lugar e a sua justiça e as demais coisas serão acrescentadas. Entendo que colocar Deus em primeiro lugar é prestar louvor a sua glória, portanto uma oração não deve de maneira nenhuma deixar de começar com algum tipo de adoração e talvez até com algum tipo de agradecimento, por tudo o que o nosso grande e infinito Senhor, tem feito por nossas vidas. A justiça de Deus se manifesta no sacrifício de Cristo em prol da salvação da humanidade, através do sangue derramado na Cruz, portanto, me parece um contrassenso deixar de orar pela salvação das almas ainda não convertidas e/ou esquecer de orar pelas almas convertidas que ainda não chegaram até o fim da jornada, nesse caso os irmãos da igreja, para se derramar em orações que busquem apenas interesses pessoais e egoístas.
È lógico que uma vez satisfeitos os pré-requisitos da colocação da figura divina em primeiro lugar, bem como sua justiça, chega então, a hora dos interesses pessoais, que podem então ser explicitados diante do trono graça, porém é plausível uma última consideração a esse respeito “os interesses pessoais devem estar sempre de acordo com a vontade ativa de Deus para nossa vida”, por que senão pode vir a se tornar mais uma das famosas orações não respondidas. Deus jamais concederia resposta a uma oração sabendo que os resultados seriam funestos para a vida de um dos seus filhos, portanto pedir com racionalidade e na direção dos interesses divinos, me parece ser meio caminho andado para respostas positivas.

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