domingo, 1 de julho de 2012

FRACASSOS NA ORAÇÃO - CAPÍTULO 10 - PARTE B


           Algum tempo atrás um irmão veio morar em minha cidade (Caraguatatuba), vindo da cidade de Tatuí (interior de São Paulo) e aqui foi promovido a oficial de igreja (líder evangélico). Durante muito tempo trabalhamos juntos com resultados devastadores em salvação de almas e ao conhecer melhor a família e seus problemas fiquei sabendo de um fato extremamente chocante em relação ao perdão de pecados. A esposa desse irmão era um vaso de bênçãos nas mãos do Senhor, porém tinha uma grande tristeza e marca em sua vida e em seu coração, sua filha fora assassinada pelo genro e ela presenciara a cena em seu final, vendo o genro com uma faca e o sangue da filha espalhado por todo o recinto. Posteriormente após muito tempo em Caraguatatuba, em um passeio para rever parentes em sua cidade recebeu o aviso de que o genro queria falar com ela na cadeia da cidade. Ao visitá-lo, após muita insistência dele, deparou-se com um acontecimento inusitado. Ele se prostra diante dela e clama o perdão pelo assassinato da esposa (sua filha). Ela me disse que entrou em luta, pois o intelecto humano recusava o perdão, mas o Espírito de Deus dentro de si sussurrava suavemente: “Você tem que perdoar”. Olhando para aquele homem prostrado diante de si, segurando suas mãos e pedindo perdão em prantos, ela via o sangue de sua filha e sentia nojo, asco, porém superando a si mesma e seu escrúpulo humano, libera o perdão e faz uma oração para o infeliz. Ao mesmo tempo em que me contava a irmã, se emocionava e as lágrimas desciam em seu rosto e eu imaginando estar no lugar dela percebi como é difícil em determinadas circunstâncias liberar o perdão. Lembrei-me também que quando me converti tive que fazer um conserto com meu irmão de leite por que vivíamos as turras. Ao pedir perdão para ele recebi um “não”. “Não te perdôo”. Fiquei enfurecido, lacrimejei, senti vontade de agredi-lo porque ele apresentava um sorriso zombeteiro, porém o Espírito Santo falou fortemente em meu coração e não permitiu que eu fosse derrotado por minha própria carne. Uma semana depois ele voltou até a mim e liberou o perdão e desde então nunca mais brigamos. Preguei o evangelho para ele durante anos sem resultados, porém vinte e um anos depois deste fato ele se rendeu ao nome de Jesus e hoje ele vem adorando a Deus com sinais de mudança de vida e conversão ao evangelho de Cristo.

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