e)
Testifica que somos filhos de Deus. Rm 8.16.
O
mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
Nascemos
criatura de Deus. Nascemos livres espiritualmente falando até que tenhamos
idade de discernir e escolher entre o bem e o mal, após essa escolha é que passamos
a ser filhos de Deus, porque só Jesus Cristo tem o poder de nos transformar em
filhos. “Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no
seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus.” (João 1:12-13), portanto o homem tem que
exercer seu direito de escolha e aceitar ou recusar essa proposta divina. A
partir do momento da escolha, que só Deus pode determinar, é que a criatura é transformada
em filho adotivo, o zambujeiro bravo (que somos nós) é enxertado na videira (que
é Cristo), “E se alguns dos ramos foram
quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito
participante da raiz e da seiva da oliveira,” (Romanos 11:17). A partir daí
o Espírito Santo, de forma sobrenatural, testifica com nosso espirito que somos
filhos adotados segundo a beneficência do sangue de Cristo, derramado por nós
na cruz e que estamos implícitos no plano da salvação eterna do nosso Deus. Isto
traz a paz sobre nossas vidas e nosso coração, uma paz que excede todo o
entendimento humano e que só pode sentir aquele que entra em contato com ela.
f)
Concede poder para testemunhar. At 1.8.
Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra.
Por
duas vezes os discípulos recebem o Espírito Santo em um curto período de tempo.
A primeira vez em João 20:22-23. “E,
havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles
a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes
lhes são retidos.”, e a segunda em Atos 2:1-4. E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no
mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso,
e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas
repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos
foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o
Espírito Santo lhes concedia que falassem. Na primeira vez eles não falam
em línguas, na segunda sim. Entendem os teólogos que na primeira vez eles
nascem de novo e na segunda são batizados no Espírito Santo com o fenômeno da
glossolalia, o falar em novas línguas de forma sobrenatural. A primeira é
interior e só se manifesta com tempo através dos frutos do Espírito, a segunda
tem manifestação imediata através das línguas estranhas. São fases distintas do
processo de redenção executado pelo Espírito Santo, porém são complementares e
podem acontecer simultaneamente, se assim o Senhor determinar, ou não, como é o
caso bíblico. Na primeira fase, o novo nascimento produz os frutos do Espírito
e dá direito à salvação eterna e na segunda o cristão é revestido de poder para
testemunhar o evangelho, para a salvação de outros. A primeira garante a nossa
entrada no plano da salvação, a segunda garante a entrada de outras vidas nesse
mesmo plano. Essa obra é feita pelo Espírito Santo de forma completa e entendemos
em linguagem figurada que o vaso recebe duas cargas complementares de azeite,
até que transborde da glória de Deus e além de ser salvo alcance outras vidas. Concluímos
então que é extremamente necessário que sejamos cheios do Espírito Santo, para
que todos que vivem em derredor possam também alcançar essas bênçãos através de
nós que já recebemos.
Continua...
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