sexta-feira, 1 de junho de 2012

TESTEMUNHO - CAPÍTULO 17


             CAPÍTULO 17


             ABENÇOANDO A FAMÍLIA


             - Deus como pode acontecer uma coisa dessas, oro para um grande número de pessoas e o senhor cura e para minha filha que para mim é muito importante o Senhor não faz o mesmo. O que esta havendo Senhor. Onde estou errando?


            Era desconcertante viver uma experiência dessas. Ao colocar a mão sobre ela não senti a virtude de Deus, sabia que ela não seria curada, logo minha filha, porque logo com ela. Precisava fazer alguma coisa. E fiz. Pedi oração para todas as igrejas, todos os grupos de círculo de oração possíveis, todos os crentes que oram (porque não vejo vantagem em pedir para aqueles que não oram) e continuei pedindo.


            - Deus fala comigo, mostra o que está errado, tem misericórdia de mim.

            A situação era bastante delicada a meu ver. Minha filha segundo os médicos tinha problema nas amídalas e periodicamente tinha infecções. Em decorrência disso tinha que tomar muitos antibióticos, que por sua vez tinham efeitos colaterais, afetando os dentes e os ossos. Para operar ela teria que esperar até os sete anos de idade. Sabendo que o excesso de antibióticos geraria seqüelas futuras, pedi a Deus uma cura imediata na fonte do problema, porém alguma coisa se interpunha entre nós e a benção, por isso criei uma rede de intercessão buscando uma resposta de Deus. E ela veio.

            - Você não acredita em mim.

            “Essa não”. Pensei, em mais um daqueles diálogos em que não abro a boca. “O Senhor quer dizer que tenho fé suficiente para orar por todo o mundo, mas quando se trata de orar por minha filha eu simplesmente não acredito”. Na verdade acho que tenho mania de protestar porque nunca levei nenhuma vantagem em nossos diálogos. Já deveria saber que tudo iria se repetir, mas...

            - Você leva sua filha para os médicos e fica tranqüilo, quando traz para mim pede e sai preocupado porque você não acredita em mim.

            Na mesma hora lembrei-me do versículo de I Pedro 5. 7. Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Impossível contestar uma verdade, como é difícil em alguns momentos superar nossos obstáculos internos, para alcançar uma benção. É tão fácil orar por pessoas em que não estamos envolvidos de uma forma direta, mas quando temos um envolvimento emocional intenso com alguém, tudo fica mais difícil. Bem, considerando que agora já tinha ciência do problema só restava agora mudar o objetivo da oração. E foi o que fiz.

            - Senhor ajuda-me a superar a incredulidade.

            É lógico que toda uma campanha particular e coletiva foi estruturada para obter esse favor divino. E deu resultado graças a Deus.

            Um dia estava muito cansado do trabalho na escola (nessa época trabalhava doze horas por dia), de cuidar da família, do trabalho da igreja e minha filha começou a passar mal. Vi minha esposa Eunice lutando com seu choro, nova infecção de garganta e gripe, decidi que depois de tanta luta estava cansado demais para me preocupar, dar atenção, ou ajudar em alguma coisa, fiz uma oração de entrega e dormi como um bebê.

            - O senhor Deu nossa filha, se quiser tirar é tua, entrego nas tuas mãos, estou cansado demais para me preocupar com tudo isso, sinto muito.

            Sem perceber consegui entregar na mão de Deus e dormi, desmaiei, só lembro que ouvi um grito e acordei, estava em pé na beirada do berço e orava em mistérios. Minha filha deu um grito, respirou fundo, e dormiu completamente curada. Só então percebi que o Senhor, que não dorme e que nos guarda o tempo todo, simplesmente tomou meu corpo colocou-o na beirada do berço e orou em meus lábios em mistérios e quando a oração encerrou, a obra estava terminada. Ela foi curada de imediato, dormiu a noite toda, não voltou mais a sofrer as infecções e nunca precisou ser operada.

            Sabemos pela palavra de Deus que a família é um espelho que demonstra a competência de um cristão para fazer a obra de Deus[1]. Por isso venho investindo tudo o que posso, para estruturar uma família que conheça ao Senhor e que viva para glorificar ao seu nome. Tenho feito todo o possível para poder afirmar que “eu e minha casa servimos ao Senhor”. Tenho três filhas, emprego boa soma de dinheiro na compra livros, revistas, músicas, vídeos, jogos educativos com mensagens bíblicas e qualquer outro meio de comunicação para evangelizá-las. Faço o possível para ensiná-las nos caminhos do Senhor de forma pessoal, porém na questão saúde há momentos em que necessitamos da ação de Deus, porque a medicina humana tem limites que nem sempre são satisfatórios ou então nossos limites monetários impedem que possamos ir mais longe e bancar cirurgias ou exames mais dispendiosos.

            Além de minha filha Talita, que foi curada desde pequenina, na narração do início do capítulo, recebemos a graça da cura de forma sobrenatural para mim, (fui curado de pedras nos rins), minha esposa (foi curada de um problema desconhecido que gerava dores abdominais intensas), minha filha Natália foi curada de reumatismo infeccioso no sangue e de forma natural, utilizando remédios minha filha caçula Érica foi curada de um problema de resistência orgânica com um prolongado tratamento médico. Exceto a caçula todas as curas foram sobrenaturais, sem uso de remédios.



[1] Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?). l Tm 3. 4, 5.
Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.   I Tm 5. 8.

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