domingo, 3 de junho de 2012

TESTEMUNHO - CAPÍTULO 19


CAPÍTULO 19

AMPLIANDO HORIZONTES II

             “Senhor tu sabes que não sou incrédulo, porém tudo que está acontecendo aqui é algo acima de qualquer perspectiva humana” – Orei silenciosamente em Espírito, pois estávamos no meio de um culto que havia saído do perfil natural e havia entrado no sobrenatural de forma tal como nunca tinha visto antes, confesso que certa dúvida começou a aguilhoar meu pensamento, portanto falei com Jesus como sempre fiz em momentos que escapam de minha capacidade de percepção.

            “Gostaria que o Senhor me desse uma confirmação de alguma maneira porque de uma forma ou de outra, sou em parte responsável por tudo que está acontecendo”. Havia sido convidado por um Pastor conhecido meu de Jambeiro para pregar em um culto de festa em sua cidade. Concomitantemente ele convidou algumas irmãs, participantes do círculo de oração de uma igreja que ele conhecia em outra cidade. A mistura explosiva de um culto de festa onde o povo havia se consagrado para obter os favores divinos, minha pregação direcionada pelo Espírito de Deus, mais o grupo de irmãs, todas vasos consagrados ao nosso Deus, “implodiu os alicerces da igreja” e Deus usava vários vasos de forma concomitante como nunca tinha visto e me causava certa preocupação.

            Nesse momento uma das irmãs subiu ao púlpito colocou uma de suas mãos sobre meu ombro e entregou uma mensagem:

             - Meu servo, você quer falar em japonês? – Me lembrei de que algum tempo atrás Deus o Todo poderoso no culto de uma senhora que era casada com um japonês me tomou falou com o homem, este aceitou Jesus e até hoje não tenho idéia do que Jesus falou para o japonês e pensei: Agora vou saber com certeza se o Senhor está nesse negócio ou não e respondi interiormente: “Quero Senhor”. Saiu àquela língua nipônica[1] em uma enxurrada de palavras que me impressionou favoravelmente.

              - Meu servo você quer falar uma língua indígena.

“-Sim Senhor”. Era impressionante a fluência mesmo tendo mudado o estilo da pronúncia. A bíblia e soberanamente certa quando afirma que a língua estranha edifica o crente, quanto mais em uma demonstração de poder como aquela que estava vivendo. Lembro-me que Ele (Deus), falando pela boca da irmã, propôs que eu falasse outra língua e aceitei no pensamento, já embalado por uma situação que não conseguia vislumbrar o motivo, mas que era extremamente edificante. Por fim o Espírito de Deus propôs:

              - Meu servo você quer falar a língua falada na índia.

               “Quero Senhor”. Nesse momento estava querendo tudo, estava excitado porque adoro a experiência de coisas sobrenaturais. E saiu mais uma língua totalmente desconhecida para mim. Eu curtia esse momento com um sabor especial, pois é realmente impressionante sentir a ação do Espírito Santo dentro de nossas vidas de uma forma tão marcante.

               - Pois saibas tu servo, que nessa língua falarás ao povo daquele lugar e no meio deles tu comerás até bicho.

                Agora doeu. Senti como se fosse um tranco em meu intelecto. Protestei em português agora em voz alta, mas por incrível que possa parecer, saía naquela língua, para mim desconhecida, ou seja, eu pensava em português, mas minha boca falava aquela língua estranha. Estava atônito. Já havia recebido promessa diferente, já sabia que sempre acontecia conforme o prometido, por isso de imediato fiquei meio preocupado. Quando estava me acalmando com tudo o que havia acontecido e com o fim daquela mensagem profética bastante estranha. Veio outra irmã com outra mensagem:

- Servo você receberá nos próximos dias três convites. Dois serão para fazer um serviço em sua cidade. O terceiro será para você pregar longe de casa. Aceite, sou eu quem está mandando.

“Ok! Senhor” – Pensei. “Estarei aguardando o cumprimento[2]”.

Mal acabara de receber a segunda mensagem veio à terceira com um aviso para se preparar para mais uma investida maligna, agora oferecendo um prato extremamente apetitoso, que deveria ser rechaçado com uma consagração especial de jejum e oração.

Até o dia de hoje ainda não preguei fora do país, porém creio que irá se cumprir à mensagem porque entendo que veio do Senhor, porém recebi em seguida dois convites para pregar por perto e esperei o convite para alargar os horizontes e fazer uma viagem mais longa que as viagens do cotidiano.

“Pronto Senhor, já fiz os dois serviços de perto, agora só falta o de longe”.  Pensava sempre que me lembrava da mensagem recebida anteriormente.

Alguns dias depois chegou um irmão empresário, que hoje é um amigo e irmão que respeito demasiadamente, me fez um convite para realizar uma cruzada no norte do país. Fiquei pasmado. Era muito além da perspectiva que tinha da proposta que viria. Ele queria ir até a cidade de Wanderlândia (perto de Araguaína) no Tocantins onde tinha uma fazenda e a partir dali realizar uma cruzada nas cidades e igrejas da região, independentemente de ser a mais pobre ou mais rica. Teríamos de ficar pregando sem parar de quinze dias a um mês dependendo das possibilidades. Era uma proposta com continuidade, ou seja, caso tudo desse certo faríamos outras para regiões diferentes.

Esse homem crente, empresário, com certo poder aquisitivo, estava disposto a ganhar almas e amparar igrejas pobres do Norte e Nordeste. Acostumou a fazer campanhas evangelísticas nas regiões pobres do Brasil. Algumas vezes ele levou dinheiro, alimentos, roupas, cantores, músicos, pregadores, ensinadores e fez verdadeiras festas espirituais, em cidades onde as comunidades pobres jamais teriam condições de realizá-las.

Presbítero Gutemberg de Oliveira, homem de Deus, ganhador de almas, empresário e grande amigo. Conhece seus limites no tocante a pregação da palavra, mas tem usado suas posses e seu coração para cumprir o ide de Jesus Cristo. Não sabe cantar, leva o cantor, não sabe pregar, leva o pregador, não sabe tocar leva o músico. Prega de forma indireta, por isso passou a ser um homem respeitado e querido na região onde tem desenvolvido um trabalho que não aparece, não sai em jornais e revistas, mas cumpre a determinação de Jesus Cristo nosso Senhor. Curiosamente têm inspirado outros a fazer o mesmo. Tomara Deus sejam levantados dezenas, centenas, milhares de homens como este e os Pastores e igrejas necessitadas receberiam bálsamos em suas vidas, em forma de ajuda humanitária e espiritual.



            [1] Minha afirmação se baseia no fato acima citado, pois havia testemunhas e também em outro fato acontecido em uma reunião da ADONEP em Caraguatatuba na casa do irmão Otávio, Pastor da Assembléia de Deus onde o Senhor me tomou na língua nipônica e uma Japonesa que se encontrava conosco, ficou curiosa porque me ouvia orar em sua língua natal segundo ele sem sotaque. Não entendo a língua, mas é possível perceber as peculiaridades da língua nipônica.
[2] E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim. Esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele. Dt 18. 21-22.

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