CAPÍTULO 19
AMPLIANDO HORIZONTES II
“Senhor
tu sabes que não sou incrédulo, porém tudo que está acontecendo aqui é algo
acima de qualquer perspectiva humana” – Orei silenciosamente em Espírito, pois
estávamos no meio de um culto que havia saído do perfil natural e havia entrado
no sobrenatural de forma tal como nunca tinha visto antes, confesso que certa
dúvida começou a aguilhoar meu pensamento, portanto falei com Jesus como sempre
fiz em momentos que escapam de minha capacidade de percepção.
“Gostaria
que o Senhor me desse uma confirmação de alguma maneira porque de uma forma ou
de outra, sou em parte responsável por tudo que está acontecendo”. Havia sido
convidado por um Pastor conhecido meu de Jambeiro para pregar em um culto de
festa em sua cidade. Concomitantemente ele convidou algumas irmãs, participantes
do círculo de oração de uma igreja que ele conhecia em outra cidade. A mistura
explosiva de um culto de festa onde o povo havia se consagrado para obter os
favores divinos, minha pregação direcionada pelo Espírito de Deus, mais o grupo
de irmãs, todas vasos consagrados ao nosso Deus, “implodiu os alicerces da
igreja” e Deus usava vários vasos de forma concomitante como nunca tinha visto
e me causava certa preocupação.
Nesse
momento uma das irmãs subiu ao púlpito colocou uma de suas mãos sobre meu ombro
e entregou uma mensagem:
-
Meu servo, você quer falar em japonês? – Me lembrei de que algum tempo atrás
Deus o Todo poderoso no culto de uma senhora que era casada com um japonês me
tomou falou com o homem, este aceitou Jesus e até hoje não tenho idéia do que
Jesus falou para o japonês e pensei: Agora vou saber com certeza se o Senhor
está nesse negócio ou não e respondi interiormente: “Quero Senhor”. Saiu àquela
língua nipônica[1]
em uma enxurrada de palavras que me impressionou favoravelmente.
-
Meu servo você quer falar uma língua indígena.
“-Sim
Senhor”. Era impressionante a fluência mesmo tendo mudado o estilo da
pronúncia. A bíblia e soberanamente certa quando afirma que a língua estranha
edifica o crente, quanto mais em uma demonstração de poder como aquela que
estava vivendo. Lembro-me que Ele (Deus), falando pela boca da irmã, propôs que
eu falasse outra língua e aceitei no pensamento, já embalado por uma situação
que não conseguia vislumbrar o motivo, mas que era extremamente edificante. Por
fim o Espírito de Deus propôs:
-
Meu servo você quer falar a língua falada na índia.
“Quero
Senhor”. Nesse momento estava querendo tudo, estava excitado porque adoro a
experiência de coisas sobrenaturais. E saiu mais uma língua totalmente desconhecida
para mim. Eu curtia esse momento com um sabor especial, pois é realmente
impressionante sentir a ação do Espírito Santo dentro de nossas vidas de uma
forma tão marcante.
-
Pois saibas tu servo, que nessa língua falarás ao povo daquele lugar e no meio
deles tu comerás até bicho.
Agora
doeu. Senti como se fosse um tranco em meu intelecto. Protestei em português
agora em voz alta, mas por incrível que possa parecer, saía naquela língua,
para mim desconhecida, ou seja, eu pensava em português, mas minha boca falava
aquela língua estranha. Estava atônito. Já havia recebido promessa diferente,
já sabia que sempre acontecia conforme o prometido, por isso de imediato fiquei
meio preocupado. Quando estava me acalmando com tudo o que havia acontecido e
com o fim daquela mensagem profética bastante estranha. Veio outra irmã com outra
mensagem:
- Servo você receberá nos
próximos dias três convites. Dois serão para fazer um serviço em sua cidade. O
terceiro será para você pregar longe de casa. Aceite, sou eu quem está
mandando.
“Ok! Senhor” – Pensei.
“Estarei aguardando o cumprimento[2]”.
Mal acabara de receber a
segunda mensagem veio à terceira com um aviso para se preparar para mais uma
investida maligna, agora oferecendo um prato extremamente apetitoso, que
deveria ser rechaçado com uma consagração especial de jejum e oração.
Até o dia de hoje ainda não
preguei fora do país, porém creio que irá se cumprir à mensagem porque entendo
que veio do Senhor, porém recebi em seguida dois convites para pregar por perto
e esperei o convite para alargar os horizontes e fazer uma viagem mais longa
que as viagens do cotidiano.
“Pronto Senhor, já fiz os
dois serviços de perto, agora só falta o de longe”. Pensava sempre que me lembrava da mensagem
recebida anteriormente.
Alguns dias depois chegou
um irmão empresário, que hoje é um amigo e irmão que respeito demasiadamente,
me fez um convite para realizar uma cruzada no norte do país. Fiquei pasmado.
Era muito além da perspectiva que tinha da proposta que viria. Ele queria ir
até a cidade de Wanderlândia (perto de Araguaína) no Tocantins onde tinha uma
fazenda e a partir dali realizar uma cruzada nas cidades e igrejas da região,
independentemente de ser a mais pobre ou mais rica. Teríamos de ficar pregando
sem parar de quinze dias a um mês dependendo das possibilidades. Era uma
proposta com continuidade, ou seja, caso tudo desse certo faríamos outras para
regiões diferentes.
Esse homem crente,
empresário, com certo poder aquisitivo, estava disposto a ganhar almas e
amparar igrejas pobres do Norte e Nordeste. Acostumou a fazer campanhas
evangelísticas nas regiões pobres do Brasil. Algumas vezes ele levou dinheiro,
alimentos, roupas, cantores, músicos, pregadores, ensinadores e fez verdadeiras
festas espirituais, em cidades onde as comunidades pobres jamais teriam
condições de realizá-las.
Presbítero Gutemberg de
Oliveira, homem de Deus, ganhador de almas, empresário e grande amigo. Conhece
seus limites no tocante a pregação da palavra, mas tem usado suas posses e seu
coração para cumprir o ide de Jesus Cristo. Não sabe cantar, leva o cantor, não
sabe pregar, leva o pregador, não sabe tocar leva o músico. Prega de forma
indireta, por isso passou a ser um homem respeitado e querido na região onde
tem desenvolvido um trabalho que não aparece, não sai em jornais e revistas,
mas cumpre a determinação de Jesus Cristo nosso Senhor. Curiosamente têm
inspirado outros a fazer o mesmo. Tomara Deus sejam levantados dezenas,
centenas, milhares de homens como este e os Pastores e igrejas necessitadas
receberiam bálsamos em suas vidas, em forma de ajuda humanitária e espiritual.
[1]
Minha afirmação se baseia no fato acima citado, pois havia testemunhas e também
em outro fato acontecido em uma reunião da ADONEP em Caraguatatuba na casa do
irmão Otávio, Pastor da Assembléia de Deus onde o Senhor me tomou na língua
nipônica e uma Japonesa que se encontrava conosco, ficou curiosa porque me
ouvia orar em sua língua natal segundo ele sem sotaque. Não entendo a língua,
mas é possível perceber as peculiaridades da língua nipônica.
[2] E,
se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?
Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem
suceder assim. Esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou
aquele profeta; não tenhas temor dele. Dt 18. 21-22.
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