Agora em nossos dias um fenômeno facilmente constatado, preocupa
pensadores em relação ao problema do pobre, é o aparecimento dos “excluídos”. A
relação entre o capital e o trabalho sempre foi de exploração e o mesmo empregador
que oprimia seu empregado sabia que precisava daquela mão de obra, portanto não
permitia que ela se extinguisse morrendo de fome e apesar da toda exploração
procurava manter um salário de sobrevivência para o empregado e sua família,
porém com o desenvolvimento da tecnologia apareceram robôs, que hoje podem
substituir centenas de empregados permitindo ao patrão, dono do capital,
despedi-lo de suas funções na empresa e empregar apenas funcionários
especializados para fazer a manutenção e operação das máquinas, criando a
exclusão de centenas de trabalhadores em relação ao trabalho e automaticamente
em relação à sociedade. Essa exclusão vem trazendo a fome e a pobreza de tal
forma que nosso(a) presidente (anterior e atual), conseguiu se eleger com a
bandeira do “Fome Zero”, recebendo até elogios internacionais.
Essa escalada crescente e constante da pobreza, com todas as suas variantes
temporais, prevista por Cristo a cerca de dois mil anos atrás, exige de nós
cristãos um esforço coletivo e até mesmo individual, de forma a atender a
exigência divina em relação ao suprimento dos pobres e necessitados. Observe
por exemplo o que diz Tiago a esse respeito: “Que proveito há meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver
obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus
e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em
paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o
corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em
si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem
as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.
A exigência divina quanto ao socorro ao pobre vem com uma espécie de ultimato, de que a recíproca é verdadeira, ou seja, quem não socorrer o pobre com certeza clamará ao Senhor e não será ouvido, porém sempre devemos levar em conta afirmações como a do Apóstolo Paulo: “Aquele que não trabalhar que não coma”, no tocante a não estimular a vagabundagem em nosso meio, por isso, quero realçar a necessidade de ajudar o pobre com sabedoria, de forma que essa ajuda não venha a ser perniciosa, estimulando pessoas a permanecerem improdutivas e acabarem “se encostando” nos cristãos produtivos como verdadeiros parasitas e parias da sociedade. A bíblia diz no livro de Salmos que o justo florescerá como a palmeira e por incrível que possa parecer, palmeira não costuma viver cheia de parasitas, assim também deve florescer o ser humano justificado pelo sangue de Jesus Cristo.
Com certeza o atendimento ao clamor do pobre, repito, com cautela e de uma forma inteligente, abrirá os ouvidos do Todo Poderoso ao nosso clamor e bênçãos abundantes choverão em nossas vidas, como a chuva serôdia rega a terra seca e faz tudo renascer.
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